Oleoduto na Amazônia recebe sinal verde em meio a relatos de 'ocultação'
18 agosto 2011
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Um oleoduto de 200 quilômetros na Amazônia recebeu o sinal verde, em meio a polêmica sobre a ocultação da evidência de que índios isolados vivem na região.
A companhia petrolífera francesa Perenco planeja gastar US $350 milhões na construção do oleoduto no norte do Peru para o transporte de petróleo no valor de US $35 bilhões do seu projeto no bloco 67 até a costa do Pacífico.
Mas um artigo detalhado publicado em um noticiário nos EUA, ‘Truth Out’, alega que funcionários do governo, consultores ambientais e empresas de petróleo têm sido implicados no encobrimento da existência de tribos isoladas que vivem ao longo da rota do oleoduto.
A Perenco rejeitou qualquer sugestão de que seu trabalho poderia pôr em risco a vida dos índios isolados.
A empresa tem repetidamente citado um relatório da consultoria ambiental Daimi para apoiar a sua afirmação de que não há ‘nenhum sinal de qualquer caráter antropológico (no bloco 67)’.
No entanto, o jornalista autônomo David Hill rastreou os pesquisadores que trabalharam com a Daimi na região. Hill afirma ter descoberto uma trilha de contradições, indicando que o relatório, que foi financiado pela Perenco, era impreciso e censurado.
Um grande número de evidências, incluindo testemunhos de avistamentos, caminhos, pegadas e lanças cruzadas, foram ‘deixados de fora do relatório final’.
Um engenheiro florestal envolvido na investigação disse, ‘Além de negligenciarem os danos à vegetação e animais selvagens, eles (a Daimi) disseram que não havia grupos isolados. Mas havia pegadas, sinais de habitações … a Perenco conseguiu tudo o que queria’.
O diretor da Survival International, Stephen Corry, disse hoje, ‘O governo peruano tem o dever de comissionar inquéritos independentes sobre a existência de tais índios, e não deve se permitir ser apaziguado por empresas de consultoria que trabalham para companhias de petróleo’.