Os KawahivaOs KawahivaOs KawahivaOs KawahivaOs Kawahiva

No norte do Mato Grosso, um pequeno grupo de indígenas isolados corre o risco de ser dizimado. A campanha global da Survival vem pressionando o governo brasileiro para que demarque e proteja a terra dos Kawahiva, pois somente assim eles podem sobreviver e prosperar.

Esses são os últimos indígenas do povo Kawahiva. O genocídio será completo a menos que sua terra seja protegida.

O povo indígena isolado Kawahiva, que vive no norte do Mato Grosso na fronteira com o Amazonas, é hoje um pequeno grupo de indígenas sobreviventes de diversos massacres que mataram grande parte do povo.

Apesar da presença dos indígenas isolados Kawahiva ser conhecida de outros indígenas e da população local por décadas, a confirmação da existência desse grupo na região só foi comprovada pela FUNAI em 1999. 

Os Kawahiva são provavelmente sobreviventes de um povo falante da língua Kawahiva, da família linguística Tupi Guarani. Eles são caçadores e coletores, mas acredita-se que tiveram que se adaptar para viver em fuga por conta da presença constante de invasores em seu território.

A Terra Indígena Kawahiva está localizada no centro do arco de desmatamento entre a Reserva Extrativista (Resex) Guariba-Roosevelt (MT) e a Resex do Guariba (AM). O aumento acentuado da invasão e destruição em ambas Reservas têm levado o desmatamento para muito perto dos limites da TI, colocando em sério risco os isolados Kawahiva.

Uma estrada ilegal, aberta pelos invasores, passa a apenas 2km da terra indígena contribuindo para as atividades ilegais na região e aumentando a ameaça de invasão.

Há décadas, a Survival vem pressionando para a demarcação da Terra Indígena Kawahiva. Em 2016, a Portaria Declaratória, uma das etapas do processo de demarcação, foi assinada pelo Ministério da Justiça estabelecendo os limites do território e determinando sua demarcação.

Outra importante conquista foi alcançada em 2018: uma decisão judicial ordenou que madeireiros e fazendeiros ilegais fossem removidos do território, o que ocorreu com sucesso.

Porém, desde então o processo de demarcação parou completamente e agora madeireiros e grileiros estão destruindo os arredores e cercando a terra indígena, como vêm denunciando a Survival e organizações como a COIAB (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira), a FEPOIMT (Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso), a OPAN (Operação Amazônia Nativa) e o Opi (Observatório dos Povos Indígenas Isolados).

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