Um dos últimos indígenas Avá Canoeiro morre

27 junho 2017

Iawí, um dos últimos membros da tribo dos Avá Canoeiro, faleceu em 2017 © Fiona Watson/ Survival (2000)

Esta página foi criada em 2017 e talvez contenha linguagem obsoleta.

Iawí, um dos últimos membros da pequena, e decrescente, tribo dos Avá Canoeiro, morreu de câncer com cerca de 56 anos, em Goiás. Sua morte significa que apenas oito Avá Canoeiro ainda existem em seu pequeno grupo familiar.

Iawí, sua mulher Tuia, sua sogra Matcha, e a tia de sua mulher Naquatcha, foram contatados pela FUNAI (Fundação Nacional do Índio) em 1983 quando uma enorme usina hidrelétrica ia submergir o refúgio montanhoso dos indígenas, a Serra de Mesa.

O governo eventualmente demarcou o território para os Avá Canoeiro em 1996.

O pequeno grupo sobreviveu a um massacre em 1962 e por duas décadas buscou refúgio em cavernas escondidas no topo de montanhas.

Surpreendentemente, este grupo de Avá Canoeiro vive a apenas 5 horas de distância de carro de Brasília.

À noite, eles desciam das montanhas para buscar alimento em jardins de colonos. Eles também sobreviviam da caça de pequenos mamíferos como ratos e morcegos. Esta existência precária significava que as mulheres não tinham crianças durante este período.

Desde o contato, Iawí e Tuia tiveram um filho e uma filha, Trumak e Putdjawa.

Putdjawa se casou com uma indígena Tapirape e o casal teve três filhos.

A morte de Iawí é uma grande perda ao grupo. Ele era conhecido pelo seu bom humor, sua coragem em resistir o contato por tanto tempo, e por ajudar sua família a sobreviver muitos massacres.

Os Avá Canoeiro são os últimos sobreviventes de uma tribo forte e orgulhosa que viveu em fuga desde 1780. Por décadas, eles resistiram fortemente aos colonos brancos que os caçavam sistematicamente à medida que mais e mais terras indígenas eram roubadas.

Outro pequeno grupo de Avá Canoeiro foi contatado em 1973. Agora eles vivem em Tocantins e dividem o território com outras tribos.

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