Operação para salvar a tribo mais ameaçada do mundo: primeiro estágio completo
13 fevereiro 2014
Esta página foi criada em 2014 e talvez contenha linguagem obsoleta.
As autoridades brasileiras concluiram a primeira fase da operação para remover os madeireiros e fazendeiros ilegais da terra da tribo Awá; todos os não-indígenas foram informados de que eles devem sair.
Um total de 427 notificações foram emitidas, dando os não-índios 40 dias para deixar o território ou ser removidos.
Os Awá são reconhecidos internacionalmente como a tribo mais ameaçada do mundo, porque sua floresta está sendo destruída em um ritmo alarmante, e especialistas brasileiros têm advertido que eles enfrentam genocídio e extinção.
Após uma série de apelos desesperados do Awá, e a campanha global da Survival para proteger suas terras, o governo brasileiro finalmente lançou uma grande operação terrestre no início deste ano.
Falando na TV Globo, o Juiz Carlos Madeira, que determinou que todos os não-índios devem deixar a área, destacou a enorme preocupação internacional com os Awá, revelando que recebeu 10.000 cartas de todo o mundo pedindo-lhe para agir.
O Ministro da Justiça do Brasil já recebeu mais de 56.000 mensagens pedindo para a proteção da terra dos Awá.
A operação envolve vários ministérios, a FUNAI (Fundação Nacional do Índio), o Exército, a Polícia Federal e o gabinete do Presidente, com um pelotão de pelo menos 200 agentes.
O Deputado Padre Ton, que participou de uma conferência sobre a situação dos Awá no Parlamento Europeu no mês passado, afirmou que o Congresso vai acompanhar o caso Awá e que ele planeja visitar a tribo uma vez que os despejos são completos.
Funcionários do governo vão se reunir hoje para confirmar os detalhes do programa de proteção da terra que será implementada uma vez que a terra for devolvida aos Awá para seu uso exclusivo, como exigido pela legislação brasileira e internacional.