Grande operação para salvar a tribo mais ameaçada do mundo faz progresso
31 janeiro 2014
Esta página foi criada em 2014 e talvez contenha linguagem obsoleta.
A operação do governo brasileiro para remover todos os invasores de terras da tribo Awá está agora em sua quarta semana.
A operação em larga escala envolve vários ministérios, a FUNAI (Fundação Nacional do Índio), o exército, polícia federal e gabinete do presidente, com um pelotão de pelo menos 200 agentes.
Isto segue a campanha global da Survival para salvar a tribo mais ameaçada do mundo de extinção.
Pelo menos 369 notificações já foram distribuidas, notificando 90% dos ocupantes ilegais do território de que eles devem sair.
Famílias de colonos têm 40 dias para sair a partir do dia em que recebem a notificação, e terão terra alternativa e acesso a vários serviços do governo.
Sobrevôos estão em andamento para identificar fazendas e assentamentos que ainda não foram registrados.
Nixiwaka Yawanawá, um índio da Amazônia, em Londres, disse: ‘Depois de tantos anos de luta, meus irmãos e irmãs Awá estão finalmente vendo uma luz de esperança e um sinal de que eles vão ser capazes de viver em harmonia com a sua floresta.’
Na semana passada o Deputado brasileiro Padre Ton, Presidente da Frente Parlamentar de Apoio aos Povos Indígenas, denunciou os perigos que enfrentam os Awá numa conferência intitulada ‘Awá à beira da extinção’, organizada pela ONG UNPO, no Parlamento Europeu. Uma pesquisadora da Survival também falou.
Na semana passada, na TV Globo, o Juiz Carlos Madeira, que determinou que todos os não-indígenas devem deixar a área destacou a enorme preocupação internacional com os Awá, revelando que recebeu 10.000 cartas de todo o mundo pedindo-lhe para agir.
Falando no canal de televisão do governo, a Presidente da FUNAI disse, ‘O conjunto de órgãos federais vai permanecer na área… para monitorar e para que as ocupações ilegais não ocorram novamente.’
Mais de 34% do território indígena Awá foi desmatada.
Os Awá são uma das últimas tribos nômades de caçadores-coletores na Amazônia. Eles não sobreviverão a menos que sua floresta seja protegida.