INFORMAÇÃO EXTRA
Barragens de Belo Monte
Uma série de grandes barragens está sendo planejada como parte central do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo brasileiro, que visa estimular o crescimento econômico do país por meio de investimentos em obras de infra-estrutura, como estradas e barragens, principalmente na região amazônica.
A dimensão desses projetos ameaça prejudicar ou destruir vastas áreas de terra, das quais muitos povos indígenas, incluindo vários grupos de índios isolados altamente vulneráveis, dependem para sua sobrevivência.
A usina hidrelétrica de Belo Monte é um exemplo notável desse tipo de projeto.
Esta página foi criada em 2010 e talvez contenha linguagem obsoleta.
O governo brasileiro planeja construir a usina de Belo Monte no rio Xingu, no Pará.
A barragem seria a terceira maior do mundo e alagaria uma extensa área de terra, secaria parte do rio Xingu, causaria grandes estragos na floresta e reduziria os estoques de peixes dos quais os índios da região, incluindo os Kayapó, Arara, Juruna, Araweté, Xikrin, Asurini e Parakanã, dependem para sua sobrevivência.
O modo de vida de milhares de indígenas que dependem da floresta e do rio para alimentação e consumo de água seria destruído.
O fluxo de imigrantes à área durante a construção da usina ameaça introduzir violência na região e levar doenças aos índios, colocando suas vidas em risco.
A FUNAI relatou que é possível haver indígenas isolados perto do local da barragem. Esses índios correm altíssimo risco, pois têm pouca resistência a doenças trazidas de fora, que podem ser fatais a eles.
Índios da etnia Kayapó e outros povos indígenas da área têm protestado contra a construção da usina desde quando esta foi inicialmente proposta, na década de 80.
Em uma carta ao Presidente Lula, os Kayapó afirmam: ‘Não queremos que este empreendimento venha destruir os ecossistemas e biodiversidade que milenarmente cuidamos e ainda podemos preservar’.
Os índios dizem que continuarão se opondo à usina a todo custo, e que se a construção prosseguir, o Xingu se tornará um rio de sangue.
O Ministério Público e várias organizações nacionais e internacionais pediram que a licença da obra fosse suspensa, afirmando que os estudos de impacto ambiental estavam incompletos, e que os índios e outras pessoas que serão atingidas não haviam sido devidamente consultados.
‘O mundo tem que saber o que está acontecendo aqui, perceber que destruindo as florestas e povos indígenas, estarão destruindo o mundo inteiro’ Índios Kayapó
Caso a construção da usina prossiga, milhares de pessoas perderão suas casas, modos de vida e vidas. Povos indígenas precisam de suas terras para sobreviver e, tendo vivido nos mesmos territórios ao longo de séculos, eles têm uma ligação profunda e espiritual com os mesmos.
Nenhuma medida de compensação financeira ou mitigação pode substituir as terras ancestrais dos índios.h2. Da Web
Contrainformação à propaganda enganosa da Norte Energia