INFORMAÇÃO EXTRA

Barragens hidrelétricas

A construção de hidrelétricas é uma ameaça a povos indígenas em todo o mundo. Bacias hidrográficas antes estáveis são alagadas e leitos de rios desviados conforme governos buscam maneiras de aumentar a produção de eletricidade. Populações locais são as que mais sofrem, sendo forçadas a deixarem suas terras, devido à deterioração e ao desaparecimento dos recursos dos quais dependem para sua sobrevivência.

Esta página foi criada em 2019 e talvez contenha linguagem obsoleta.

Fortalecendo e desfortalecendo

Na medida em que economias demandam mais eletricidade, a solução que governos frequentemente fornecem vem na forma de barragens hidrelétricas gigantes, que são imensamente destrutivas para os povos e o meio ambiente. Grandes barragens tipicamente deslocam milhares de pessoas, pois a água submerge suas casas e arredores. O projeto da barragem Narmada, na região central da Índia, por exemplo, forçará cerca de 320.000 pessoas a buscarem novos lares, enquanto muitos outros terão as suas vidas afetadas.

 

 


Menina do vale Narmada, Índia. © Survival

Localizadas ao longo de sistemas hidroviários frágeis, as barragens trazem uma enorme mudança na ecologia e na dinâmica geral da terra e rios.

Grandes reservatórios, que são criados juntamente com as barragens, são riscos para a saúde devido à água estagnada que atrai insetos transmissores de doenças tropicais como a malária.

Povos indígenas dependem dos rios para alimentação, água potável e higiene pessoal. Para muitas comunidades, cachoeiras e corredeiras são lugares sagrados. No entanto, muitas vezes, as pessoas mais prejudicadas são as menos consideradas pelos planejadores. É comum a falta de consultas com comunidades indígenas que vivem no centro das zonas afetadas.

Estudos de caso Da Malásia ao Brasil, novas barragens prometem eletricidade para alguns e devastação para outros.

Os Enawene Nawe, Brasil Uma série de barragens hidrelétricas está surgindo ao longo do rio Alto Juruena, que tem alimentado os Enawene-Nawe.

A tribo está ciente que os peixes e a qualidade da água serão gravemente afetados.

Já sob o cerco de madeireiros, produtores de soja, pecuaristas e outros, agora eles resistem a esta última ameaça à sua terra e modo de vida. Seu protesto recente deixou em ruínas um local de construção da barragem. É evidente que eles temem que seu destino seja igual ao de muitos outros povos indígenas que já sofrem com tais projetos. Outras hidrelétricas brasileiras que afetam povos indígenas são as barragens do Rio Madeira e a de Belo Monte.

Tribos do Vale Omo, na Etiópia A imensa barragem Gibe 3 está sendo construída ao longo do rio Omo. Quando concluída, irá destruir um ambiente frágil e os meios de subsistência de oito tribos localizadas a jusante que estão fortemente ligadas ao rio e às suas inundações anuais.


© Marco Trovato/Survival

A Avaliação de Impacto Ambiental e Social afirma que é possível ter uma inundação artificial, mas, segundo a campanha da organização para Reforma do Banco Mundial (Campaign to Reform the World Bank), "em toda a África não há se quer uma usina hidrelétrica que foi capaz de recriar tal modelo, devido a dificuldades técnicas e custos elevados”. Além disso, não está claro se foram oferecidas garantias de que as comunidades indígenas serão capazes de participar na regulação de cheias e irrigação artificial do campo. Entre outras coisas, a Avaliação de Impacto Ambiental e Socialnão fezuma análise aprofundada sobre a utilização da terra pelas comunidades indígenas. Até que isto seja compreendido, é impossível avaliar de que forma eles serão afetados pela barragem. Download PDF: Relatório da _International Rivers (Em inglês)_, Comentários do Grupo de Trabalho de Recursos Africanos (African Resources Working Group commentary) _(Em inglês)_ e a carta da Survival para os diretores do Banco Africano de Desenvolvimento (the African Development Bank) _(Em inglês)_.

Os Penan, Malásia Em 2008, um mapa sigiloso que vazou expôs os planos de uma enorme barragem da empresa nacional de eletricidade em Sarawak, na Malásia.


© Andy Rain & Nick Rain/Survival

A população Penan local, que está familiarizada com a interferência destrutiva de fora, enfrenta agora um novo desafio para manter sua terra e meios de subsistência. Plantas de barragens que irão deixar submersas casas e aldeias foram acidentalmente postadas na internet. Para piorar a situação, essas barragens estão projetadas para produzir uma quantidade de eletricidade maior que a utilizada no Sarawak.

Tome providência Deixe os planejadores políticos responsáveis pelos projetos de barragens saberem que os seus planos, que desconsideram os povos indígenas, estão sendo observados em todo o mundo. Sua objeção pode lembrá-los da seriedade de suas escolhas.

Diga ao primeiro-ministro da Etíopia para suspender a Gibe 3 (_Em inglês_)

Escreva uma carta pelos Enawene-Nawe no Brasil (_Em inglês_)

Envie uma carta pedindo ao governo de Sarawak que reconheça os direitos dos Penan (_Em inglês_)

Do portal da Survival

* Enawene Nawe

* Penan


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